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Benício Andrade, pai de um recém-nascido denunciou suposta negligência médica e falta de estrutura no Hospital Regional Leônidas Melo, em Barras, a 130 km de Teresina. O bebê foi transferido no último domingo (25) para o Hospital Regional Chagas Rodrigues, em Piripiri, onde permanece sob cuidados intensivos. Segundo o pai, o filho só começou a receber atendimento adequado após enfrentar dias de desatenção e descaso no hospital anterior.

A Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi) que informou que a criança deu entrada no Hospital Regional Leônidas Melo, em Barras, com quadro clínico de tosse produtiva e posteriormente dignosticada com bronquiolite.

"Após receber os cuidados necessários e ser inserida no sistema de regulação, a criança foi transferida no domingo (25) para o Hospital Regional Chagas Rodrigues, em Piripiri, referência na região por contar com Unidade de Cuidados Intermediários Neonatal Convencional (UCINCo), onde permanece enquanto aguarda, por meio do sistema de regulação, a transferência para o Hospital Infantil Lucídio Portella, em Teresina.", diz a nota.v

Denúncia da família

A internação do bebê em Barras começou na terça-feira (20), quando a família deu entrada na unidade de saúde por volta das 9h30. Benício relata que houve demora no atendimento, mesmo com sinais evidentes de que o filho estava com dificuldade para respirar.

“Demoraram muito para medir a saturação, e enquanto isso meu filho chorava e ninguém fazia nada. Só depois fomos ao médico plantonista que disse que o choro justificava a respiração ofegante e só passou um raio-X. Nós não aceitamos e pedimos oxigênio para ele”, conta.

A situação só começou a mudar após a intervenção de um fisioterapeuta que acolheu a família e informou que havia um pediatra de plantão, que deu o diagnóstico de bronquiolite viral aguda. “Já começou a negligência no atendimento desse primeiro médico. Porque se a gente tivesse ido embora, a criança teria morrido em casa sem ar”, disse.

A criança foi internada, mas os medicamentos necessários não estavam disponíveis no hospital. “Recebi a receita e precisei comprar os remédios por conta própria. Tenho tudo guardado: receita, comprovante da compra. É inadmissível isso”, afirmou.

No dia seguinte, quarta-feira (21), o pai conta que o médico pediatra fez a visita de rotina, mas na quinta-feira (22), o bebê apresentou piora significativa, com dificuldade para respirar. Nenhum médico, incluindo o pediatra de plantão, o avaliou naquele dia.

Ele estava piorando, e nenhum médico olhou pra ele. Eu fui pra casa chorando, desesperado. Só depois de a minha família se comover e de muita pressão conseguimos chamar atenção para o caso.”

A família acionou políticos e a imprensa para ajudar a intermediar a transferência do bebê. A mobilização resultou em uma nova tentativa de regulação para um hospital com mais estrutura, mas o processo foi marcado por burocracia e demora.

No sábado (24), o bebê completou 28 dias de vida, o que permitiria sua transferência da ala de recém-nascidos para a pediatria. Ainda assim, a atualização no sistema de regulação só foi feita após mais uma intervenção do pai.

“O médico clínico geral do plantão em Barras chegou a dizer o bebê teve uma melhora e que não ia mais regular a criança. Eu perdi o controle. Reclamei com a assistente social, reclamei com todos. Só depois disso, atualizaram a regulação e saiu a vaga para Piripiri”, afirmou o pai.

No Hospital Regional de Piripiri, a equipe informou que não havia suporte completo para casos de agravamento, mas ainda assim, diante da gravidade do quadro, providenciou rapidamente nova regulação para Teresina, negada pela unidade de destino. Mesmo assim, o hospital de Piripiri se recusou a devolver o bebê para Barras.

“A pediatria de Piripiri fez essa bondade pelo nosso filho. Só em um dia, fizeram mais exames e procedimentos do que todos os dias que passamos em Barras”, explicou.

O bebê está atualmente sob cuidados intensivos para tratar a bronquiolite, sendo acompanhado 24 horas por pediatra, fisioterapeuta e equipe de enfermagem. 

Nota de esclarecimento da Sesapi

Com apenas 26 dias de vida, o RN deu entrada na noite da última terça-feira (20) no Hospital Regional Leônidas Melo, em Barras, com quadro clínico de tosse produtiva. Na quarta-feira (21), após avaliação da equipe médica, foi diagnosticada com bronquiolite, uma infecção respiratória que acomete principalmente em recém-nascidos e lactentes.

Após receber os cuidados necessários e ser inserida no sistema de regulação, a criança foi transferida no domingo (25) para o Hospital Regional Chagas Rodrigues, em Piripiri, referência na região por contar com Unidade de Cuidados Intermediários Neonatal Convencional (UCINCo).

Atualmente, o bebê encontra-se estável, em ar ambiente e sem necessidade de suporte respiratório. Todos os exames foram realizados e a criança apresentou melhora significativa no quadro clínico.

Ela permanece internada na UCINCo do Hospital Chagas Rodrigues, enquanto aguarda, por meio do sistema de regulação, a transferência para o Hospital Infantil Lucídio Portella, em Teresina. Cidadeverde.com