Uma pausa de 24 horas sem nenhuma rede social a partir da zero hora desta segunda-feira (21). É o que propõe a campanha digital "Greve das Redes", que quer alertar sobre o uso desenfreado dessas plataformas, a falta de regulação de seu modelo de negócio e o impacto que têm na saúde mental de crianças e jovens, mas também de adultos.
"Sem foco? Ansiedade? Doomscroll? Cérebro podre?", provoca uma das peças da campanha, que faz referência ao que a ciência tem apontado como prováveis consequências do mergulho da vida contemporânea em algoritmos viciantes e uma profusão de conteúdos duvidosos. "Que tal uma greve? Uma pausa. 24 horas sem nenhuma rede social", convoca, com a hashtag #blecautedasredes. E conclui: "Desliga e respira".
O movimento orgânico surgiu do encontro da psicanalista Vera Iaconelli, colunista da Folha, e do designer e ativista Pedro Inoue, diretor criativo da Adbusters, a partir do debate público provocado pela série "Adolescência", em que um garoto de 13 anos mata uma colega de escola num contexto de bullying digital e de disseminação de conteúdos de ódio online.
A comoção global gerada pela série da Netflix se deu meses depois de Mark Zuckerberg, presidente-executivo da Meta, anunciar que a empresa de tecnologia abandonaria parte da moderação de conteúdo e checagem de fatos no Facebook e no Instagram. E seis meses depois de lançado o livro "A Geração Ansiosa", do psicólogo Johnathan Haidt, que compila dados indicativos de que a infância hiperconectada está causando uma epidemia de transtornos mentais.
Coincidência ou não, a onda de debates sobre "Adolescência" também foi seguida por uma campanha publicitária do Instagram que afirma que a conta adolescente da plataforma é segura e que a empresa se preocupa com a proteção desses usuários -que, sabe-se, são mais vulneráveis aos conteúdos que circulam nessas redes e ao formato que prende a atenção para gerar lucro.
Reforçaram o debate as recentes mortes de crianças brasileiras em desafios que circulam em redes sociais. Entre elas, está Sarah Raíssa Pereira de Castro, 8, morta ao inalar desodorante por causa de um desses desafios.
"A gente já sabe que as redes sociais viciam as crianças e os adolescentes. A molecada está se matando e matando os outros", aponta Iaconelli, que é diretora do Instituto Gerar de Psicanálise e autora de "Manifesto Antimaternalista" (editora Zahar).
"Precisamos de uma ação coletiva para nos regularmos internamente e exigirmos que o Estado regule as redes sociais para que possamos nos cuidar e cuidar das crianças", avalia. "A internet é maravilhosa mas as redes precisam ser reguladas porque geram hábitos tóxicos aditivos com os quais você não consegue lidar sem uma ação consciente e coletiva."
Apesar de a campanha ter ganhado vida própria, divulgada por influenciadores como o pediatra Daniel Becker e os professores Deivison Nkosi, Walter Lippold e Gustavo Henrique Aguera, além do perfil do Sleeping Giants e do diretor do Instituto Alana, Pedro Hartung, a psicanalista diz que fez questão de divulgar que ela e Inoue estão por trás da iniciativa para não parecer que trata-se de algo "que veio do nada".
"Somos a última geração que tem a memória do mundo pré-mídias digitais e redes sociais. As novas gerações naturalizaram as transformações trazidas pela internet sem muitos questionamentos", diz ela, para quem o surgimento de encontros e lugares em que não se pode usar celular de modo a incentivar as interações presenciais é um sinal dos tempos.
Para Iaconelli, a sensação de impotência de cada um diante de um fenômeno ancorado em corporações gigantescas, as chamadas BigTech, precisa de acordos coletivos para ser enfrentada. Os conteúdos são produzidos pelos usuários, em uma escala de trabalho que extrapola a já dura 6X1 para adotar um regime 7X0, ou seja, sem pausa.
"Somos explorados e dependentes dessas plataformas para nos informar, comunicar, trabalhar e existir socialmente. Mas temos um poder: parar", diz o manifesto que acompanha a "Greve das Redes".
As peças da campanha foram criadas por Inoue, da Adbusters. A fundação de mídia canadense é conhecida por campanhas como "Dia Sem Compras" ("Buy Nothing Day") e "Occupy Wall Street" e, desde 2018, seus integrantes praticam o que chamam de Moondays, um ritual em que deixam os celulares desligados por 24 horas toda lua cheia.
Para Iaconelli, a importância da "Greve das Redes" é conscientizar. "Se você não conseguir ficar 24 horas fora ds redes, mas a campanha o fizer pensar um pouco sobre o assunto e desnaturalizar um pouco esse comportamento, já é válido."
Faleceu na madrugada deste domingo (20), em Teresina, o empresário José Elias Tajra, aos 90 anos. Fundador do Grupo Jet Veículos, Fundação Jet, TV Antena 10 e outras empresas no Piauí, José deixa um legado de compromisso com o progresso econômico e social no estado.
Seguem abertas até a próxima terça-feira (22) as inscrições para o concurso público da Secretaria da Fazenda do Piauí (Sefaz-PI), organizado pela Fundação Carlos Chagas (FCC). O certame 80 vagas para os cargos de auditor fiscal, auditor governamental, analista do Tesouro Estadual e agente de tributos.
Os salários iniciais variam entre R$ 10 mil e R$ 27,6 mil, podendo ultrapassar R$ 39 mil com gratificações e benefícios previstos em lei.
O secretário da Fazenda, Emílio Júnior, afirma que a chegada de novos servidores será fundamental para o avanço da administração pública estadual.
“Estamos em um ciclo de modernização e fortalecimento institucional, e contar com novos talentos será essencial nesse processo. Incentivamos todos a se inscreverem e se prepararem. Este concurso representa não apenas uma oportunidade de carreira, mas também uma forma de contribuir diretamente para o desenvolvimento do nosso estado”, disse o secretário.
Confira o valor da taxa de inscrição para cada cargo:
As provas objetivas serão realizadas nos dias 13 de julho (para analista e agente) e 20 de julho (para os cargos de auditor). Já a prova discursiva está prevista para 21 de setembro.
As inscrições devem ser feitas exclusivamente no site da Fundação Carlos Chagas: www.concursosfcc.com.br.
Vasco e Flamengo se enfrentam neste sábado (18) pela quinta rodada do Campeonato Brasileiro. A partida será realizada no Maracanã, às 18h30 (horário de Brasília). Os rubro-negros buscam manter a liderança da competição, enquanto a equipe cruzmaltina tenta se reabilitar, já que na última rodada perdeu fora de casa para o Ceará por 2 a 1.
Pelo lado do Vasco, o técnico Fábio Carille diz como deve ser o espírito do time na noite deste sábado (19), após o último revés em Fortaleza.
“Neste time, que neste clube que estamos aqui, o comportamento tem que ser sempre mais. Tem que querer, lutar e buscar jogar para frente. É o que estou pegando no pé desde o começo do ano, mas tem jogo que nós entramos fazendo o jogo muito para o lado e para trás e isso tira confiança”.
Já o treinador Rubro-Negro Filipe Luis fala sobre o trabalho que desenvolve com o elenco para melhorar o ataque, mesmo após o time ter goleado o Juventude (6 a 0) na última quarta (16), no Maracanã.
“O time chega, mas claro, as chances, quando os adversários se fecham, nunca são claras, E aí você tem que buscar recursos, como cruzamento, chute e tudo mais. Uma das coisas que tínhamos e temos que continuar melhorando é esse terço final”.
O Flamengo está invicto no Brasileirão, com três vitórias e um empate. No retrospecto recente no Clássico dos Milhões, os rubro-negros têm ampla vantagem: nos últimos 32 jogos, foram 19 vitórias, 11 empates e duas derrotas.
Com as chuvas abaixo da média, o registro de altas temperaturas podem acontecer no Piauí. Esse mês, o município de São do João do Piauí registrou a temperatura de 40 graus, e outros municípios do sudeste piauiense, na região de Picos, também registraram temperaturas elevadas, com 38 e até 39 graus. A climatologista Sara Cardoso diz que esses fenômenos podem ser repetir antes do início do B-R-O-Bró. Foto G1
Mas a climatologista alerta, não se trata de uma antecipação do B-r-O-Bró, são eventos causados pela baixa ocorrência de nebulosidade e chuvas.
"Alguns municípios no sudeste piauiense vem apresentando temperaturas elevadas, chegando a 38 graus, mas isso mão é uma antecipação do período do B-R-O-Bró, o que estamos vivendo é, realmente, a ausência da chuva, ausência de nebulosidade. Se não tem nuvem, se não tem chuva, tem umidade baixa e temperatura alta, e é possível que o Piauí fique, sim, mais quente nos próximos meses, já tivemos municípios com 40 graus, a tendência é que esses episódios fiquem cada vez mais repetitivos", explica.
A causa principal de tantos problemas são as mudanças climáticas que estão atingindo todo o planeta, grande parte causadas pela ação humana.
"Estamos vivendo repercussões das mudanças climáticas. Nós estamos com mudanças nos padrões dos sistemas promotores de chuvas. Tínhamos uma expectativa da ascendência de uma La Niña que poderia aumentar a frequência das chuvas, mas ela nem chegou a ficar ativa. Além disso, nos temos uma mudança nas águas do oceano Atlântico, que está aquecido desde 2023 e permanece da mesma forma. A Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) que comumente ficaria ativa em fevereiro e março ficou ativa somente em janeiro e isso colaborou para que janeiro fosse um mês extremante chuvoso. Tudo está fora do padrão, por isso em 2025 choveu menos que em anos anteriores", explicou.
Segundo a climatologista, somente as chuvas de janeiro ficaram dentro ou acima do esperado, o que ocasionou o fenômeno da seca verde em parte dos municípios do estado.
"Apenas no mês de janeiro a maioria os municípios registraram chuvas na média ou acima da média, em fevereiro a grande maioria das cidades registraram chuvas abaixo da média, e em março tivemos apenas municípios do centro-norte e norte acima da média, principalmente. Aqueles que estão próximo da divisa do Maranhão", explicou.
A última vez que o Piauí sofreu com um período chuvoso com seca foi em 2017, sete anos depois a configuração se repete.
"Vivemos muitos eventos climáticos extremos, como chuvas muito configuradas, problemas com vento, chuva com mais de 100 milímetros em 24 horas, mas isso não põe fim a seca. O que põe fim a seca é a regularidade temporal e espacial da chuva. Se chove todo dia mansinho tem mais chance de acabar com a seca do que chover uma chuva de 100 milímetros em 24 horas e passar oito dias sem chover. Isso é altamente nocivo para o desenvolvimento das culturas. Nesse momento estamos com reservatórios baixos, justamente os pequenos reservatórios, os barreiros e os riachos que são, de fato, utilizados pela população da zona rural", analisou.
A boa notícia é que para os municípios dos Norte do Piauí ainda são esperadas chuvas no restante de abril e no mês de maio. Cidadeverde.com